V I S I T A N T E S

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Lula emite mais CO2 que presidente da China e da França

Poluição

Presidente brasileiro só ficou atrás de Barack Obama e de Felipe Calderón

Em 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou 220.000 quilômetros de avião, o equivalente a cinco voltas e meia ao redor da Terra. As viagens aéreas do presidente também deixaram um rastro de 7.033 toneladas de gás carbônico (CO2), o que o colocou como o terceiro maior poluidor entre os chefes de estado do planeta, segundo a revista francesa Terra Eco. A revista fez um levantamento que incluía a distância percorrida e o tipo de avião usado pelos mandatários para calcular quanto cada um poluiu este ano.

O primeiro lugar ficou com o americano Barack Obama, com 20.000 toneladas de CO2. Obama viajou 200.000 quilômetros, menos que Lula, mas utilizou o Air Force One, que polui muito mais que os aviões usados pelo brasileiro, como o Embraer 190. O segundo lugar, o mexicano Felipe Calderón, ganhou de Lula por pouco, menos de 100 toneladas. Calderón viajou bastante para participar da campanha dos governadores de seu partido em 12 estados. Lula não deixou por menos: a revista estima que 60% das emissões do presidente foram geradas durante a campanha para eleger Dilma Roussef.

Confira abaixo o ranking completo:

Fonte: Revista VEJA

Professor comenta sobre os efeitos das queimadas nas florestas

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1379464-7823-PROFESSOR+COMENTA+SOBRE+OS+EFIETOS+DAS+QUEIMADAS+NAS+FLORESTAS,00.html

Quinta-feira, 25/11/2010

Vento deposita cinzas com nutrientes em outras regiões. João Carlos Rodrigues Coelho é professor de cursinho em São Paulo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mudanças climáticas

Fiesp se posiciona sobre as discussões da COP16

Comitê de Mudança do Clima da entidade debateu nesta 3ª feira os rumos da competitividade da indústria paulista frente às mudanças do climaÀs vésperas da 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP16), que se realizará a partir de 29 de novembro em Cancun, no México, a Fiesp reuniu, nesta terça-feira (16), autoridades, especialistas, empresários e governo para discutir o assunto. Na oportunidade, foram divulgados:

O Posicionamento da entidade para a COP16

O Guia de Introdução às Negociações de Mudança do Clima.

“Este encontro de hoje, na Fiesp, tem como objetivo uma reflexão sobre a mudança do clima. Este tema ocupa espaço cada vez maior nas discussões internacionais e nacionais sobre os rumos do desenvolvimento econômico e social”, disse o segundo vice-presidente e coordenador do Comitê de Mudança do Clima da entidade, João Guilherme Sabino Ometto.Ele destacou o protagonismo do setor privado e a necessidade de seu engajamento: “É com esse compromisso que a Fiesp, representante do maior parque industrial brasileiro, acompanha atentamente a questão desde meados de 2009 e participou da COP15, em Copenhague”.Por envolver diferentes aspectos em sua discussão, na Fiesp, o tema é debatido pelos Departamentos de Competitividade e Tecnologia, Meio Ambiente, Energia, Relações Internacionais e Comércio Exterior e Agronegócio. Juntas, essas áreas compõem o Comitê de Mudanças do Clima. “A dedicação a esse tema reflete a preocupação da nossa entidade com tais questões e seus impactos na indústria paulista e brasileira. A entidade trabalha para que não se estabeleçam retaliações ou restrições aos nossos produtos no mercado internacional”, salientou Ometto.Baixo carbonoEle disse ainda que o País já está em uma economia de baixo carbono, viabilizada por diferenciais expressivos, como a matriz elétrica renovável, o programa de biocombustíveis, os motores flexfuel, redução sistemática das emissões de carbono pelo setor industrial e progressos significativos na diminuição do desmatamento, particularmente na Amazônia.“Cabe ressaltar que os processos industriais respondem apenas por 3% das emissões brasileiras, segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia. Mesmo assim, a indústria preocupa-se com a melhoria do desempenho dos outros setores, no intuito de defender a competitividade do produto brasileiro”, pontuou.

Confira aqui as apresentações realizadas durante o seminário Lucas Alves, Agência Indusnet Fiesp

LEIA MAIS
Governo brasileiro está otimista sobre possível Pacote de Cancun
Medidas para combater mudança do clima não podem ser protecionistas
Mudança do clima está atrelada à produção de energia nos países desenvolvidos

Fonte: FIESP

Planeta passa longe de meta climática para limitar aquecimento global a 2ºC

Editoria de Arte /Folhapress/Editoria de Arte /Folhapress

Planeta passa longe de meta climática para limitar aquecimento global a 2ºC
CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

Se tudo der certo e todos os países fizerem o máximo para conter emissões de carbono nos próximos anos, o mundo ainda estará longe de cumprir a meta de limitar o aquecimento global a 2ºC.

O quão longe acaba de ser calculado por um grupo internacional de cientistas: 5 bilhões de toneladas de gás carbônico estarão "sobrando" na atmosfera em 2020.

Ou seja, para cumprir o que se comprometeram a fazer na conferência do clima de Copenhague e evitar um possível aquecimento descontrolado da Terra, os países não apenas teriam de endurecer suas metas de corte de emissão como ainda precisariam desligar todo o sistema de transporte do globo.

O recado foi dado hoje pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), num relatório intitulado "The Emissions Gap" ("A Lacuna das Emissões").

O documento será entregue em Helsinque à chefe da Convenção do Clima da ONU, Cristiana Figueres.

Seus autores passaram seis meses avaliando 223 cenários de emissões de CO2 construídos a partir das metas voluntárias de corte de carbono propostas por vários países no Acordo de Copenhague, o pífio documento que resultou da conferência.

O resumo da ópera é que, se a humanidade quiser ter 66% de chance de manter o aquecimento global abaixo de 2ºC no fim deste século, o nível global de emissões em 2020 terá de ser de 44 bilhões de toneladas de CO2 equivalente --ou seja, a soma de todos os gases-estufa "convertidos" no potencial de aquecimento do CO2.

Se nada for feito, as emissões podem chegar a 56 bilhões de toneladas em 2020. "Isso elimina a chance dos 2ºC, e pode nos colocar no caminho de 5ºC de aquecimento em 2100", disse à Folha Suzana Kahn Ribeiro, pesquisadora da Coppe-UFRJ, uma das autoras do relatório.

SEM SOLUÇÃO

A implementação estrita do acordo também não resolve: as emissões globais cairiam para 52 bilhões de toneladas, ainda uma China de distância da meta de 2ºC.

Por "implementação estrita" os pesquisadores querem dizer duas coisas. Primeiro, as nações estão contando duas vezes emissões cortadas na área florestal. Se um país pobre planta florestas para vender créditos de carbono a um país rico, a dedução deveria estar apenas na conta do país rico. Mas costuma estar na de ambos.

"Na própria lei brasileira do clima está escrito que as reduções de emissão podem ser obtidas por MDL [venda de créditos de carbono para nações ricas]", diz Ribeiro.

Outro ponto espinhoso é a venda de créditos em excesso por países como a Rússia, cujas emissões já são menores que as metas de Quioto. O país ficou com créditos sobrando.
Fonte: Jornal A Folha de SP de 23.11.2010

sábado, 20 de novembro de 2010

Aumenta a concentração de fuligem na Amazônia


Alberto Cesar Araújo/Greenpeace

mais partículas poluentes
Aumenta a concentração de fuligem na Amazônia
De acordo com o Inpe, a quantidade de fuligem emitida no ar durante as queimadas da Amazônia aumentou significativamente nos últimos dois anos e é altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde das pessoas
Mônica Nunes/Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável - 10/11/2010

A equipe de Qualidade do Ar do CPTEC/Inpe – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgou nesta quarta-feira, dia 10 de novembro, dados um tanto quanto preocupantes com relação à Amazônia: a concentração de fuligem – partículas pretas emitidas no ar durante as queimadas e conhecidas como “aerossóis” pelos especialistas – aumentou significativamente nos anos de 2008 e 2009.

De acordo com os pesquisadores, há dois anos a quantidade de fuligem na Amazônia era inferior a 0,1 AOD – Espessura Ótica do Aerossol. Hoje, no entanto, os sensores do Instituto chegaram a registrar picos acima de 1 AOD durante as queimadas na região, que são mais intensas nos meses de agosto e setembro.

A alta concentração de fuligem na Amazônia pode comprometer seriamente o clima da região nas áreas onde há ocorrência de queimadas e, também, em outras localidades. Isso porque, segundo estudos recentes e preliminares sobre o assunto, essas partículas poluentes afetam o regime de chuvas da área e, consequentemente, intensificam as secas amazônicas. Além disso, as partículas são facilmente espalhadas pela ação do vento, prejudicando outras regiões do país.

A fuligem ainda representa um sério risco para a saúde das pessoas que vivem em locais onde a concentração da substância é considerada acima do normal. Segundo especialistas da área de saúde pública, inalar essas partículas poluentes, de forma constante e em grande quantidade, pode aumentar significativamente o risco de doenças respiratórias.

*CPTEC/Inpe


mais partículas poluentes
Aumenta a concentração de fuligem na Amazônia
De acordo com o Inpe, a quantidade de fuligem emitida no ar durante as queimadas da Amazônia aumentou significativamente nos últimos dois anos e é altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde das pessoas
- A A +Mônica Nunes/Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável - 10/11/2010
A equipe de Qualidade do Ar do CPTEC/Inpe – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgou nesta quarta-feira, dia 10 de novembro, dados um tanto quanto preocupantes com relação à Amazônia: a concentração de fuligem – partículas pretas emitidas no ar durante as queimadas e conhecidas como “aerossóis” pelos especialistas – aumentou significativamente nos anos de 2008 e 2009.

De acordo com os pesquisadores, há dois anos a quantidade de fuligem na Amazônia era inferior a 0,1 AOD – Espessura Ótica do Aerossol. Hoje, no entanto, os sensores do Instituto chegaram a registrar picos acima de 1 AOD durante as queimadas na região, que são mais intensas nos meses de agosto e setembro.

A alta concentração de fuligem na Amazônia pode comprometer seriamente o clima da região nas áreas onde há ocorrência de queimadas e, também, em outras localidades. Isso porque, segundo estudos recentes e preliminares sobre o assunto, essas partículas poluentes afetam o regime de chuvas da área e, consequentemente, intensificam as secas amazônicas. Além disso, as partículas são facilmente espalhadas pela ação do vento, prejudicando outras regiões do país.

A fuligem ainda representa um sério risco para a saúde das pessoas que vivem em locais onde a concentração da substância é considerada acima do normal. Segundo especialistas da área de saúde pública, inalar essas partículas poluentes, de forma constante e em grande quantidade, pode aumentar significativamente o risco de doenças respiratórias.

*CPTEC/Inpe

Share6 A equipe de Qualidade do Ar do CPTEC/Inpe – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgou nesta quarta-feira, dia 10 de novembro, dados um tanto quanto preocupantes com relação à Amazônia: a concentração de fuligem – partículas pretas emitidas no ar durante as queimadas e conhecidas como “aerossóis” pelos especialistas – aumentou significativamente nos anos de 2008 e 2009.

De acordo com os pesquisadores, há dois anos a quantidade de fuligem na Amazônia era inferior a 0,1 AOD – Espessura Ótica do Aerossol. Hoje, no entanto, os sensores do Instituto chegaram a registrar picos acima de 1 AOD durante as queimadas na região, que são mais intensas nos meses de agosto e setembro.

A alta concentração de fuligem na Amazônia pode comprometer seriamente o clima da região nas áreas onde há ocorrência de queimadas e, também, em outras localidades. Isso porque, segundo estudos recentes e preliminares sobre o assunto, essas partículas poluentes afetam o regime de chuvas da área e, consequentemente, intensificam as secas amazônicas. Além disso, as partículas são facilmente espalhadas pela ação do vento, prejudicando outras regiões do país.

A fuligem ainda representa um sério risco para a saúde das pessoas que vivem em locais onde a concentração da substância é considerada acima do normal. Segundo especialistas da área de saúde pública, inalar essas partículas poluentes, de forma constante e em grande quantidade, pode aumentar significativamente o risco de doenças respiratórias.

Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/fuligem-aerossois-queimadas-amazonia-seca-inpe-608240.shtml

Deise Nishimura: apesar do jacaré, ela voltará à selva


Diego Morales/Medianvia

entrevista

Era meio-dia de 30 de dezembro de 2009 quando o maior predador da Amazônia, o jacaré-açú, atacou a bióloga paulista Deise Nishimura*, 25, que limpava peixe na varanda de sua casa flutuante no lago Mamirauá. Não morreu por pouco, mas perdeu a perna direita. Ainda assim, Deise não desistiu da ciência. Ela, que estudava o comportamento de botos-vermelhos, não vê a hora de voltar à pesquisa na selva
Willian Vieira
Revista Superinteressante – 11/2010

COMO VOCÊ FOI ATACADA POR UM JACARÉ DE 6 METROS?
Eu estava sentada limpando peixe para o almoço quando o vi saltar mais de 1 metro e morder minha perna direita. Fomos para o fundo do lago e ele começou a girar, girar, mas eu não sentia dor nenhuma, por causa da adrenalina. Nossa, dava para pensar em muita coisa, pois o tempo lá tem outra dimensão.

E COMO VOCÊ SOBREVIVEU?
Eu me lembrei de ter visto em um documentário que a parte mais sensível do tubarão é o nariz. Enfiei os dedos em dois buracos, que deviam ser os olhos, e apertei com toda força. Ele me largou - só não sei se por isso ou se porque já tinha levado o que queria, a minha perna. Nadei então uns 4 metros, subi a rampa da casa me arrastando e chamei ajuda pelo rádio. O pessoal da reserva veio, fez um torniquete e me levou ao hospital.

DEPOIS DO ATAQUE, COMO SUA VIDA MUDOU?
Eu ainda estou me recuperando, fazendo fisioterapia. Passei 16 dias no hospital. Coloquei uma prótese, mas ainda estamos fazendo a adaptação. Talvez tenha de fazer mais uma cirurgia. Então minha pesquisa parou por ali, porque preciso me dedicar à recuperação.

É MAIS ARRISCADO PARA UM BOTO OU PARA UMA PESSOA VIVER NAS MESMAS ÁGUAS QUE O JACARÉ-AÇU?
Embora eles dividam as mesmas águas, o boto é rápido demais para ser pego por um jacaré. A não ser que haja um incidente. O jacaré come peixes, tartarugas, às vezes aves. Mas é um animal oportunista: se vê uma oportunidade, ele ataca, se aproveita mesmo da situação. Se um boto estiver machucado, vai pegá-lo.

MAS VOCÊ É CONTRA A CAÇA DO ANIMAL?
Eu sou contra a caça indiscriminada do jacaré, mas sou a favor da caça manejada. Naquela região há jacarés demais. Caçar não é um risco tão grande para o ecossistema, mas o bicho é para a população ribeirinha.

VOCÊ PRETENDE VOLTAR PARA A SELVA? CONTINUAR A PESQUISA DE ONDE PAROU?
Eu não sei quando, mas quero voltar para lá o mais rápido possível. Sempre foi meu sonho estudar cetáceos [ordem de mamíferos a que pertencem os botos e as baleias]. Aí surgiu essa oportunidade na Amazônia e eu fui. Desde o momento que cheguei, me senti em casa. Acordava às 5h30, saía de barco e passava 7 horas fazendo avistagem. De volta em casa, trabalhava no computador com os dados que havia coletado. Eu nunca havia me sentido tão à vontade na cidade. A única coisa que me fez pensar em desistir foram os mosquitos. Era uma média de 15 picadas por dia. Mas me adaptei bem, pois eu gostava bastante da rotina. Então pretendo voltar assim que me recuperar totalmente.

NÃO PASSOU PELA SUA CABEÇA ESTUDAR JACARÉS?
Depois do que aconteceu, sim. Fiquei bastante interessada em estudar esses bichos tão fascinantes. Vamos ver.
*Deise Nishimura volta pela primeira vez à Amazônia em novembro como palestrante do TEDxAmazônia, evento para disseminar as melhores ideias. A SUPER apoia o TEDxAmazônia. Saiba mais no site.



entrevista
Deise Nishimura: apesar do jacaré, ela voltará à selva
Era meio-dia de 30 de dezembro de 2009 quando o maior predador da Amazônia, o jacaré-açú, atacou a bióloga paulista Deise Nishimura*, 25, que limpava peixe na varanda de sua casa flutuante no lago Mamirauá. Não morreu por pouco, mas perdeu a perna direita. Ainda assim, Deise não desistiu da ciência. Ela, que estudava o comportamento de botos-vermelhos, não vê a hora de voltar à pesquisa na selva
- A A +Willian Vieira
Revista Superinteressante – 11/2010
COMO VOCÊ FOI ATACADA POR UM JACARÉ DE 6 METROS?
Eu estava sentada limpando peixe para o almoço quando o vi saltar mais de 1 metro e morder minha perna direita. Fomos para o fundo do lago e ele começou a girar, girar, mas eu não sentia dor nenhuma, por causa da adrenalina. Nossa, dava para pensar em muita coisa, pois o tempo lá tem outra dimensão.

E COMO VOCÊ SOBREVIVEU?
Eu me lembrei de ter visto em um documentário que a parte mais sensível do tubarão é o nariz. Enfiei os dedos em dois buracos, que deviam ser os olhos, e apertei com toda força. Ele me largou - só não sei se por isso ou se porque já tinha levado o que queria, a minha perna. Nadei então uns 4 metros, subi a rampa da casa me arrastando e chamei ajuda pelo rádio. O pessoal da reserva veio, fez um torniquete e me levou ao hospital.

DEPOIS DO ATAQUE, COMO SUA VIDA MUDOU?
Eu ainda estou me recuperando, fazendo fisioterapia. Passei 16 dias no hospital. Coloquei uma prótese, mas ainda estamos fazendo a adaptação. Talvez tenha de fazer mais uma cirurgia. Então minha pesquisa parou por ali, porque preciso me dedicar à recuperação.

É MAIS ARRISCADO PARA UM BOTO OU PARA UMA PESSOA VIVER NAS MESMAS ÁGUAS QUE O JACARÉ-AÇU?
Embora eles dividam as mesmas águas, o boto é rápido demais para ser pego por um jacaré. A não ser que haja um incidente. O jacaré come peixes, tartarugas, às vezes aves. Mas é um animal oportunista: se vê uma oportunidade, ele ataca, se aproveita mesmo da situação. Se um boto estiver machucado, vai pegá-lo.

MAS VOCÊ É CONTRA A CAÇA DO ANIMAL?
Eu sou contra a caça indiscriminada do jacaré, mas sou a favor da caça manejada. Naquela região há jacarés demais. Caçar não é um risco tão grande para o ecossistema, mas o bicho é para a população ribeirinha.

VOCÊ PRETENDE VOLTAR PARA A SELVA? CONTINUAR A PESQUISA DE ONDE PAROU?
Eu não sei quando, mas quero voltar para lá o mais rápido possível. Sempre foi meu sonho estudar cetáceos [ordem de mamíferos a que pertencem os botos e as baleias]. Aí surgiu essa oportunidade na Amazônia e eu fui. Desde o momento que cheguei, me senti em casa. Acordava às 5h30, saía de barco e passava 7 horas fazendo avistagem. De volta em casa, trabalhava no computador com os dados que havia coletado. Eu nunca havia me sentido tão à vontade na cidade. A única coisa que me fez pensar em desistir foram os mosquitos. Era uma média de 15 picadas por dia. Mas me adaptei bem, pois eu gostava bastante da rotina. Então pretendo voltar assim que me recuperar totalmente.

NÃO PASSOU PELA SUA CABEÇA ESTUDAR JACARÉS?
Depois do que aconteceu, sim. Fiquei bastante interessada em estudar esses bichos tão fascinantes. Vamos ver.
*Deise Nishimura volta pela primeira vez à Amazônia em novembro como palestrante do TEDxAmazônia, evento para disseminar as melhores ideias. A SUPER apoia o TEDxAmazônia. Saiba mais no site.


Share26 COMO VOCÊ FOI ATACADA POR UM JACARÉ DE 6 METROS?
Eu estava sentada limpando peixe para o almoço quando o vi saltar mais de 1 metro e morder minha perna direita. Fomos para o fundo do lago e ele começou a girar, girar, mas eu não sentia dor nenhuma, por causa da adrenalina. Nossa, dava para pensar em muita coisa, pois o tempo lá tem outra dimensão.

E COMO VOCÊ SOBREVIVEU?
Eu me lembrei de ter visto em um documentário que a parte mais sensível do tubarão é o nariz. Enfiei os dedos em dois buracos, que deviam ser os olhos, e apertei com toda força. Ele me largou - só não sei se por isso ou se porque já tinha levado o que queria, a minha perna. Nadei então uns 4 metros, subi a rampa da casa me arrastando e chamei ajuda pelo rádio. O pessoal da reserva veio, fez um torniquete e me levou ao hospital.

DEPOIS DO ATAQUE, COMO SUA VIDA MUDOU?
Eu ainda estou me recuperando, fazendo fisioterapia. Passei 16 dias no hospital. Coloquei uma prótese, mas ainda estamos fazendo a adaptação. Talvez tenha de fazer mais uma cirurgia. Então minha pesquisa parou por ali, porque preciso me dedicar à recuperação.

É MAIS ARRISCADO PARA UM BOTO OU PARA UMA PESSOA VIVER NAS MESMAS ÁGUAS QUE O JACARÉ-AÇU?
Embora eles dividam as mesmas águas, o boto é rápido demais para ser pego por um jacaré. A não ser que haja um incidente. O jacaré come peixes, tartarugas, às vezes aves. Mas é um animal oportunista: se vê uma oportunidade, ele ataca, se aproveita mesmo da situação. Se um boto estiver machucado, vai pegá-lo.

MAS VOCÊ É CONTRA A CAÇA DO ANIMAL?
Eu sou contra a caça indiscriminada do jacaré, mas sou a favor da caça manejada. Naquela região há jacarés demais. Caçar não é um risco tão grande para o ecossistema, mas o bicho é para a população ribeirinha.

VOCÊ PRETENDE VOLTAR PARA A SELVA? CONTINUAR A PESQUISA DE ONDE PAROU?
Eu não sei quando, mas quero voltar para lá o mais rápido possível. Sempre foi meu sonho estudar cetáceos [ordem de mamíferos a que pertencem os botos e as baleias]. Aí surgiu essa oportunidade na Amazônia e eu fui. Desde o momento que cheguei, me senti em casa. Acordava às 5h30, saía de barco e passava 7 horas fazendo avistagem. De volta em casa, trabalhava no computador com os dados que havia coletado. Eu nunca havia me sentido tão à vontade na cidade. A única coisa que me fez pensar em desistir foram os mosquitos. Era uma média de 15 picadas por dia. Mas me adaptei bem, pois eu gostava bastante da rotina. Então pretendo voltar assim que me recuperar totalmente.

NÃO PASSOU PELA SUA CABEÇA ESTUDAR JACARÉS?
Depois do que aconteceu, sim. Fiquei bastante interessada em estudar esses bichos tão fascinantes. Vamos ver.
*Deise Nishimura volta pela primeira vez à Amazônia em novembro como palestrante do TEDxAmazônia, evento para disseminar as melhores ideias. A SUPER apoia o TEDxAmazônia

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/biologo-carreira-profissional-ciencia-entrevista-jacare-tedx-amazonia-608479.shtml

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Brasil precisa de 20 milhões de dólares por ano para reduzir emissões de gases

Aquecimento global

Brasil precisa de 20 milhões de dólares por ano para reduzir emissões de gases

O Brasil precisa investir anualmente US$ 20 bilhões até 2030 para se tornar uma economia de baixas emissões de gases causadores do efeito estufa, segundo um relatório do Banco Mundial (BM) divulgado nesta quarta-feira em São Paulo.

O Estudo de Baixo Carbono para o Brasil foi apresentado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) pelo Banco Mundial, que aponta o setor energético como o principal foco dos investimentos destinados a reduzir a emissão de gases.

As atividades do setor energético, de acordo com o relatório, demandam por ano investimentos que totalizam US$ 7 bilhões para mitigar as emissões de gás carbônico (CO2) para 11 milhões de toneladas anuais.

No entanto, a maior redução, de 356 milhões de toneladas anuais de CO2, deve proceder das atividades agrícolas e do combate ao desmatamento, que exigem investimentos de cerca de US$ 5,4 bilhões por ano.

Segundo a "Agência Brasil", o pesquisador do BM Cristhopher Gouvello descartou a tese de que se o Brasil se tornar uma economia de "baixo carbono" irá registrar desaceleração do ritmo de crescimento e de desenvolvimento. "A ideia de que tornar-se uma 'economia de baixo carbono' é um freio para a economia não é verdade. As atividades de baixo carbono são mais intensivas que as tradicionais", disse Gouvello.

(com Agência EFE)

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/brasil-precisa-de-20-milhoes-de-dolares-por-ano-para-reduzir-emissoes-de-gases

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Cadê o rio que estava aqui?

Numa década de cheias e secas recordes, Greenpeace alerta candidatos à presidência para os efeitos que o desmatamento e uso de energia suja podem causar ao planeta.

No último domingo, o leito do Negro, que encontra o Solimões em frente a Manaus para formar o rio Amazonas, atingiu o nível mais baixo já registrado, ficando quase quatro metros abaixo da média. Greenpeace / Rodrigo Baleia

Um ano depois que o Amazonas enfrentou sua maior cheia da história, é a vez do Rio Negro encarar a maior de todas as secas. No último domingo, o leito do Negro, que encontra o Solimões em frente a Manaus para formar o rio Amazonas, atingiu o nível mais baixo já registrado, ficando quase quatro metros abaixo da média. Foi nesse cenário, onde imensos bancos de areia surgiram no meio do rio, largos canais viraram estreitos córregos e embarcações ficaram encalhadas, que o Greenpeace estendeu uma faixa para os candidatos à presidência: “Desmatamento zero e energias renováveis já”.

“Está mais do que provado que o desmatamento e o uso de fontes de energia sujas estão umbilicalmente ligadas ao aquecimento global, que provoca mudanças climáticas”, diz o diretor da campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adario. “O problema é que um problema alimenta o outro: mais aquecimento – cuja principal causa é o uso de combustíveis fósseis - aumenta a flamabilidade das florestas e tende a converter a Amazônia num grande cerrado; mais desmatamento aumenta o aquecimento global. E num contexto assim, eventos extremos como o que a Amazônia enfrenta agora acontecerão numa frequência cada vez maior”.

Aparentemente, já estão acontecendo. Em apenas cinco anos, o estado do Amazonas assistiu a duas secas dramáticas – em 2005 e agora – e a duas cheias acima da média – em 2008 e 2009. Para especialistas, a expectativa é que esses extremos ocorressem a cada 50 anos. Mas estão aí. E cada vez que acontecessem, dezenas de municípios entram em situação de emergência, com fortes impactos sociais e econômicos.

Na seca atual, os impactos ambientais são visíveis por toda parte, principalmente nos lagos, hoje secos, onde os peixes se reproduzem e na floresta, cada vez mais inflamável.

“Nos últimos 40 anos, o Brasil destruiu mais de 700 mil quilômetros quadrados de floresta amazônica e é hoje o quarto maior emissor de gases de efeito estufa. Zerar o desmatamento até 2015 é o caminho mais rápido que o Brasil deve tomar para ajudar a frear o aquecimento global”, afirma Adario. “Mas o esforço de derrotar o desmatamento pode ser insuficiente se política energética brasileira continuar a andar na contramão da tendência global, ao incentivar fontes sujas e finitas que jogam toneladas de CO2 na atmosfera”.

Há uma década, a matriz energética brasileira era 92% baseada em fontes renováveis. Hoje, esse índice caiu para 80%, graças principalmente à participação de térmicas a óleo que sujam a matriz e a imagem do país. O Greenpeace tem estudos que comprovam ser factível construir uma matriz energética 100% renovável no fim deste século, sem afetar o crescimento econômico do país, com uma gama maior de fontes como eólica, biomassa, solar e pequenas centrais hidrelétricas.

Porém, os candidatos à presidência, Dilma e Serra, não parecem realmente preocupados com o futuro do país. Durante a campanha eleitoral, nenhum dos dois deu um pio sequer sobre o incentivo às fontes renováveis. Em relação à Amazônia, após pressão da sociedade civil ambos resolveram se dizer a favor do desmatamento zero. Mas não assinaram qualquer compromisso, e tampouco disseram como chegariam lá. Enquanto os dois preferem ficar no discurso, na vida real o rio Negro parece começar a subir de novo. Será para uma nova cheia recorde?


http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Cade-o-rio-que-estava-aqui/

Seca no rio Negro

A Message from James Cameron: Vote NO on 23

Maior lagoa do Piauí está ameaçada pela ação do homem


Maior lagoa do Piauí está ameaçada pela ação do homem

Brasília (29/10/2010) – Com 72 km² de extensão e 74 milhões de m³, a lagoa de Paranaguá, localizada no município de Paranaguá no Piauí, a 823 quilômetros da capital Teresina, é considerada pelos especialistas como a maior lagoa do estado do Piauí. Um patrimônio ambiental ameaçado pela ação do homem.

Em visita à lagoa para uma vistoria, técnicos do Ibama do Piauí constataram os danos causados à lagoa, entre eles, o assoreamento. De acordo com os analistas ambientais do instituto, 80% da mata ciliar da lagoa foi destruída. O estrago foi provocado por queimadas com fins de pastagem de animais. Sem a vegetação em volta, a lagoa está sendo ano a ano aterrada.

O superintendente do Ibama no Piauí, Romildo Macedo Mafra, fez um apelo a autoridades ambientais do município e do estado para que seja elaborado um plano de ação com o objetivo de recuperar a mata ciliar no entorno da lagoa de Paranaguá.

“Esse é um patrimônio do estado por ser uma das maiores lagoas também do país e ter uma grande importância econômica para o desenvolvimento do município. Precisamos barrar esse assoreamento em quanto é tempo, essa é uma preocupação de todos e não só do Ibama”, declara Mafra.

Ibama/PI

Encontro da ONU sobre natureza termina com países divididos


Ministro do Meio Ambiente japonês, Ryu Matsumoto (centro) depois de realizar discurso ao final da conferência entre ministros na conferência da ONU sobre a proteção da biodiversidade. 29/10/2010
REUTERS/Yuriko Nakao


Encontro da ONU sobre natureza termina com países divididos


Por Chisa Fujioka e David Fogarty



NAGOIA, Japão (Reuters) - Ministros de Meio Ambiente de todo o mundo encerraram nesta sexta-feira uma conferência da ONU sobre a proteção da biodiversidade, mas continuaram divididos a respeito das medidas a serem tomadas.



Delegados de quase 200 países passaram duas semanas reunidos em Nagoia, no Japão, para mapear metas de proteção das espécies animais e vegetais em oceanos, florestas e rios, ameaçadas pelo maior ritmo de extinções desde o desaparecimento dos dinossauros, há 65 milhões de anos.
Esses ecossistemas são cruciais para a subsistência humana, e geram trilhões de dólares em alimentos, água, indústria e turismo.



O objetivo da conferência de Nagoia era definir metas para a proteção da biodiversidade até 2020, embora os países já tenham descumprido a meta de 2010, que era uma "redução significativa" da perda da biodiversidade.



Um plano estratégico com 20 itens prevê a proteção de estoques pesqueiros, a defesa de habitats naturais e a conservação de maiores áreas terrestres e marítimas. Mas houve divergências a respeito de metas numéricas e de detalhes do texto.



"Finalmente o mundo acordou para a biodiversidade", disse Jane Smart, diretora da União Internacional para a Conservação da Natureza. "Esta dificuldade é um sinal de que o mundo está agora levando a biodiversidade a sério."



As nações em desenvolvimento também se recusaram a se comprometer com as metas para 2020 se elas não vierem acompanhadas de um novo protocolo da ONU que lhes assegure uma participação mais justa nos lucros obtidos por companhias, especialmente as empresas farmacêuticas, a partir dos recursos genéticos desses países.



Isso poderia gerar bilhões de dólares para as nações em desenvolvimento, onde se encontra a maior parte das riquezas naturais do planeta. Mas há divergências a respeito da abrangência do acordo e sobre como verificar a origem dos recursos genéticos.
"Este não é um protocolo chato. Ele irá regulamentar bilhões de dólares para o setor farmacêutico", disse Tove Ryding, consultor político de biodiversidade e mudança climática do Greenpeace.



"Se você não ratifica, se você não está preparado para partilhar benefícios, então não há acesso. Isso significa que o setor farmacêutico não vai entrar na floresta e encontrar novos produtos."
Algumas empresas temem a elevação dos seus custos e a burocratização no processo de registro de patentes por causa desse protocolo, o que prejudicaria as inovações no setor.

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Emissões brasileiras de gases estufa aumentaram cerca de 60% entre 1990 e 2005

Luana Lourenço e Yara Aquino
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - As emissões brasileiras de gases de efeito estufa aumentaram cerca de 60% entre 1990 e 2005, passando de 1,4 gigatoneladas para 2,192 gigatoneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente (medida que considera todos os gases de efeito estufa). O número foi apresentado hoje (26) pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, durante a reunião anual do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.

O novo inventário nacional de emissões será apresentado à Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas antes da próxima Conferência das Partes (COP), em novembro, em Cancún, no México. O balanço faz parte da Segunda Comunicação Nacional à Convenção – um relatório do que o Brasil tem feito para mitigar as causas e atenuar os impactos do aquecimento global.

O inventário anterior trazia os dados de 1990 a 1994. Para este ano, o compromisso assumido com a ONU era apresentar dados até 2000. Mas o governo brasileiro decidiu avançar e agregar números até 2005.

O desmatamento ainda é o principal vilão das emissões nacionais de gases de efeito estufa. O setor de mudança no uso da terra e florestas é responsável por 61% do total de emissões. A agricultura aparece em seguida, com 19% das emissões nacionais e o setor de energia é responsável por outros 15%.

O inventário também contabiliza emissões da indústria e do tratamento de resíduos, responsáveis por 3% e 2% do total nacional, respectivamente.

Rezende também apresentou uma estimativa das emissões brasileiras em 2009, que não será levada à ONU. Pelos cálculos, no ano passado, o Brasil teria emitido 1,775 gigatoneladas de CO2 equivalente, 33% a menos que em 2005. A queda, segundo o ministro, se deve principalmente à redução do desmatamento na Amazônia nos últimos anos, somada à manutenção do nível de crescimento de emissões nos outros setores.



Edição: Lílian Beraldo

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Brasil anuncia ações de combate às mudanças climáticas

Amanhã, 26 de outubro, o Governo Federal anunciará, durante o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, o posicionamento que adotará nas negociações internacionais da COP16, em Cancun, e ainda as ações que pretende implantar a partir de agora para alcançar as metas voluntárias de redução de emissões, assumidas na COP15

Planeta Sustentável

A reunião anual do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas acontecerá nesta terça-feira, dia 26 de outubro, em Brasília. O evento tem a intenção de apresentar à sociedade o posicionamento do país em relação às negociações internacionais sobre o combate às mudanças climáticas e, ainda, fazer um balanço sobre a atual posição do governo em relação ao assunto.

Na ocasião, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e seus representantes de governo falarão sobre os avanços que o Brasil apresentou desde dezembro do ano passado, quando assumiu um compromisso voluntário, na COP15, para reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa (para saber mais leia o Especial COP15). Entre os temas que estarão em pauta está o PPCDAM – Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, que vem contribuindo para a redução da taxa de desmatamento no bioma.

Em seguida, o governo apresentará as ações que pretende tomar a partir de agora para acelerar o combate às mudanças climáticas no país. No total, três novas medidas serão anunciadas. São elas:
– a divulgação da Segunda Comunicação Nacional, que cataloga os programas e ações implantados pela Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima no Brasil, até o ano de 2010;
– a assinatura do Decreto de Regulamentação do FNMC – Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, que institui a criação de um Comitê Gestor para administrar, acompanhar e avaliar a aplicação de recursos para iniciativas que visem a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas e aos seus efeitos e
– a entrega do Sumário Executivo dos Planos de Mitigação, para que especialistas possam analisar e discutir o documento, que engloba cinco planos de ação para prevenção e controle do desmatamento e, ainda, para os setores de energia, agricultura e siderurgia.

Por fim, a reunião do Fórum discutirá a estratégia de negociação que deve ser adotada pelo governo brasileiro durante a COP16 – Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que acontecerá no México, na cidade de Cancun, de 29 de novembro a 10 de dezembro.

A reunião acontecerá a partir das 10h, no Salão Oeste do Palácio do Planalto, em Brasília. Confira aqui o documento elaborado pelo MMA – Ministério do Meio Ambiente e o MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia para esclarecer possíveis dúvidas a respeito das novas ações que serão propostas pelo Governo Federal, amanhã, durante o Fórum.

Share A reunião anual do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas acontecerá nesta terça-feira, dia 26 de outubro, em Brasília. O evento tem a intenção de apresentar à sociedade o posicionamento do país em relação às negociações internacionais sobre o combate às mudanças climáticas e, ainda, fazer um balanço sobre a atual posição do governo em relação ao assunto.

Na ocasião, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e seus representantes de governo falarão sobre os avanços que o Brasil apresentou desde dezembro do ano passado, quando assumiu um compromisso voluntário, na COP15, para reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa (para saber mais leia o Especial COP15). Entre os temas que estarão em pauta está o PPCDAM – Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, que vem contribuindo para a redução da taxa de desmatamento no bioma.

Em seguida, o governo apresentará as ações que pretende tomar a partir de agora para acelerar o combate às mudanças climáticas no país. No total, três novas medidas serão anunciadas. São elas:
– a divulgação da Segunda Comunicação Nacional, que cataloga os programas e ações implantados pela Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima no Brasil, até o ano de 2010;
– a assinatura do Decreto de Regulamentação do FNMC – Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, que institui a criação de um Comitê Gestor para administrar, acompanhar e avaliar a aplicação de recursos para iniciativas que visem a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas e aos seus efeitos e
– a entrega do Sumário Executivo dos Planos de Mitigação, para que especialistas possam analisar e discutir o documento, que engloba cinco planos de ação para prevenção e controle do desmatamento e, ainda, para os setores de energia, agricultura e siderurgia.

Por fim, a reunião do Fórum discutirá a estratégia de negociação que deve ser adotada pelo governo brasileiro durante a COP16 – Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que acontecerá no México, na cidade de Cancun, de 29 de novembro a 10 de dezembro.

A reunião acontecerá a partir das 10h, no Salão Oeste do Palácio do Planalto, em Brasília. Confira aqui o documento elaborado pelo MMA – Ministério do Meio Ambiente e o MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia para esclarecer possíveis dúvidas a respeito das novas ações que serão propostas pelo Governo Federal, amanhã, durante o Fórum.


Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/forum-brasileiro-mudancas-climaticas-combate-brasil-605726.shtml

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Brasil é megadiverso


O Brasil é megadiverso

Nosso país está entre as nações com mais
diversidade de vida no planeta. A maior floresta
tropical do mundo em pé, a Amazônica, é nossa
em boa parte. Temos mais água doce do que qualquer outra
nação do mundo. Nossa costa mede 8,5 mil quilômetros. Isso
sem sequer falar da fartura de fauna, flora, insetos, bactérias
e gente. No momento em que cidadãos, empresas e governos
da Terra se dão conta de que os homens gastam um terço
a mais do que a natureza consegue repor e que esse consumo
de recursos é insustentável, portanto, a responsabilidade e o
destaque do Brasil crescem. É por isso que as revistas Exame
e National Geographic, junto com o planeta sustentável, a
Petrobras e o Cebds, organizamos esse fórum Biodiversidade
e a Nova Economia no Brasil. Queremos discutir, antes da
reunião da ONU, a COP10, na cidade de Nagoya, no Japão,
em outubro próximo, as melhores maneiras de pensar
a biodiversidade, incorporando-a à agenda de empresários,
governantes e cidadãos. Nossa meta é inspirar a inovação
no que diz respeito à sustentabilidade e à biodiversidade.


Caco de Paula
Publisher do PLANETA SUSTENTÁVEL
Matthew Shirts
Coordenador do PLANETA SUSTENTÁVEL

Fonte: http://www.forumbiodiversidade.com.br/materias/o-brasil-e-megadiverso.php

O que é biodiversidade?


O que é biodiversidade?

O TERMO BIODIVERSIDADE é uma junção das palavras da expressão “diversidade biológica”.
Dito de um modo simples, é a variedade de vida em todas as suas formas.
Um jeito de ver essa diversidade é pela variedade de espécies— algas, fungos, árvores, aves, peixes...
Outra forma é pela variedade genética dentro de uma mesma espécie (como os cães).
E há ainda uma terceira forma, que é a relação dos organismos com o ambiente em que vivem.
Assim, a Convenção sobre Diversidade Biológica(CDB), da Organização das Nações Unidas (ONU),
define a biodiversidade como sendo “a variabilidade entre organismos vivos de todas as origens,
compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres e aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte,
além da diversidade dentro de espécies, entre espécies e dos ecossistemas”.

Fonte: http://www.forumbiodiversidade.com.br/materias/o-que-e-biodiversidade.php

Por que alguns países são chamados de megadiversos?


Por que alguns países são chamados de megadiversos?

Os chamados países megadiversos possuem as maiores concentrações de biodiversidade na Terra:
juntos, correspondem a menos de 10% da superfície do planeta, mas abrigam 70% das espécies.
Esses países – boa parte deles localizada em regiões tropicais – também têm alta incidência de endemismo,
ou seja, espécies que só existem em um determinado lugar.
O Brasil, que abriga 20% das espécies, é um deles e lidera o grupo de 17 nações megadiversas em discussões
sobre a repartição de benefícios obtidos com seus recursos biológicos.
Os outros países megadiversos são:

África do Sul
Bolívia
China
Colômbia
Costa Rica
Equador
Filipinas
Índia
Indonésia
Madagáscar
Malásia
México
Peru
Quênia
República Democrática do Congo
Venezuela.

Fonte: http://www.forumbiodiversidade.com.br/materias/por-que-alguns-paises-sao-chamados-de-megadiversos.php

Como se mede o risco de extinção dos animais?


Como se mede o risco de extinção dos animais?

AS CHAMADAS “listas vermelhas” trazem, periodicamente, as espécies classificadas por seu risco de extinção,
como criticamente ameaçada, ameaçada, vulnerável, quase ameaçada e de menor risco,
além de extintas e aquelas cujos dados são insuficientes.
Não é apenas o número de indivíduos restantes de uma espécie
que diz se ela sofre maior ou menor risco de desaparecer.
Também são avaliadas as características que a tornam mais vulnerável.
Elefantes, por exemplo, têm tempo de gestação de 20 a 22 meses.
Uma baleia fêmea tem, em média, um filhote a cada dois ou três anos.
Uma redução drástica em populações assim - por causas naturais ou provocadas pelo homem – torna difícil a sua recuperação.
O tamanho da área de distribuição da espécie e o ritmo de devastação de um hábitat
também influem na avaliação do grau de risco que uma espécie corre.

Fonte: http://www.forumbiodiversidade.com.br/materias/como-se-mede-o-risco-de-extincao-dos-animais.php

Novo código florestal: ameaça ou oportunidade?


Novo código florestal: ameaça ou oportunidade?

A maior ameaça à biodiversidade brasileira hoje não vem de desmatamentos, poluição ou seca, mas de dentro do Congresso Brasileiro, em função do novo Código Florestal que está sendo proposto, e que, se aprovado, deve aumentar o extermínio da biodiversidade. A opinião é de especialistas que participaram do “Fórum Biodiversidade e a Nova Economia”, em São Paulo.

Em julho deste ano, uma comissão da Câmara dos Deputados aprovou o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) com pontos polêmicos que flexibilizam as regras de proteção ao meio ambiente, como:
- Não obrigatoriedade de se manter uma área de reserva legal em pequenas propriedades de quatro módulos rurais e que representam 90% das propriedades no país;
- Redução de 30 para 15 metros da area de proteção permanente nas margens de rios mais estreitos, que abrigam a mata ciliar;
- Autorização para o uso do solo em encostas e várzeas;
- Anistia para quem desmatou até julho de 2008, sem critérios de distinção;

Agora, o projeto aguarda votação no plenário da Câmara para entrar em vigor. “O Congresso está buscando flexibilizar nossa legislação ambiental. E isso não está restrito ao Código Florestal, embora ele seja a ponta de lança. Há deputados que pre¬tendem, por exemplo, acabar com a lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza [Snuc] e com o Conselho Nacional do Meio Am¬biente [Conama]. O Poder Legislativo é o que há de mais retrógrado neste momento”, criticou a secretária nacional de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito, em entrevista ao Planeta Sustentável.

O embate, que vem sendo travado entre ruralistas e ambientalistas, é de que o atual Código pune o produtor, restringindo em excesso as áreas para agricultura e pecuária. Hoje, as propriedades rurais são obrigadas a manter um percentual de suas terras preservada, que varia de acordo com a região: 20% na Mata Atlântica, 35% no Cerrado e 80% na Amazônia – as chamadas reservas legais.

Em sua palestra, Maria Cecília defendeu que a proposta do novo Código desvaloriza a floresta, uma visão que está na contramão ao que vem sendo debatido no mundo, e que deve se intensificar em 2011, quando será celebrado o Ano das Florestas, eleito pela ONU. “Os marcos regulatórios são vistos como entraves para o desenvolvimento. O Código Florestal se tornou o vilão do agronegócio, o que é uma visão ultrapassada. É possível aumentar a produção tornando as áreas agrícolas mais produtivas, sem desmatar”, afirmou.

O Código Florestal Brasileiro foi criado em 1965, durante o regime militar, após um decreto-lei de 1934, instituído no governo Getúlio Vargas. “É preciso realmente uma atualização para que ele possa lidar com questões novas como o mercado de crédito de carbono, mas na forma como está sendo feito, a toque de caixa, é perigoso”, afirmou o professor de Ecologia da Unicamp e presidente da Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação, Thomas Lewinsohn. “Errar com a legislação tributária ou eleitoral causa um estrago imediato, mas é possível mudar. Com a legislação ambiental é mais grave, o que foi destruído não tem recall”, completou.

Um novo substituto
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) já declarou que o atual relatório do deputado Aldo Rebelo é ‘intolerável” e que irá apresentar uma nova proposta para o Congresso, ainda sem data definida.

“A perspectiva de aprovação como está, logo após as eleições, nos coloca da posição de defender o Código atual, que é ultrapassado do ponto de vista científico. Mas acho que parar para discutir é inviável politicamente. O MMA deve apresentar um substitutivo em parceria com a comunidade científica. Por mais que haja diferentes opiniões sobre o assunto, quando todos se envolverem, sairá uma posição”, disse o economista e professor da Faculdade de Economia da USP Jose Eli da Veiga.

Para o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, a discussão não deve ser entre ambientalistas e ruralistas, mas entre a velha e a nova economia. A discussão do novo Código Florestal pode ser a oportunidade de o país avaliar seu modelo produtivo, num momento em que o mundo exige inovação tecnológica e práticas ambientalmente corretas. “O Brasil precisará decidir se segue o caminho da liderança de uma economia sustentável, ou se corre o risco de disputar o mercado de quinta categoria do mundo”, afirmou.


Fonte: http://www.forumbiodiversidade.com.br/materias/novo-codigo-florestal-ameaca-ou-oportunidade.php

Biodiversidade tem preço?


Biodiversidade tem preço?

Qual é o valor da biodiversidade? Depende de quem tenta fazer a conta. Para uma criança que mergulha pela primeira vez num riacho cristalino e repleto de peixes, ela provavelmente não tem preço. Já para os economistas — ou pelo menos para aqueles interessados na relação do homem com o ambiente —, é perfeitamente viável calcular o que se poderia chamar de “valor funcional” da biodiversidade. Sim, porque a natureza presta uma série de serviços à humanidade. Exemplo: quanto custaria regular o clima do planeta se as florestas que já ajudam a fazê-lo naturalmente fossem todas dizimadas? E se tivéssemos de criar uma gigantesca máquina purificadora de ar para substituir os organismos que convertem dióxido de carbono em oxigênio? Muita gente vem tentando estimar esses custos. E os números são impressionantes.

Em 1997, a publicação de um estudo liderado pelo economista americano Robert Constanza gerou um bocado de controvérsia ao concluir que todos os ecossistemas existentes no mundo nos propiciavam o equivalente a 33 trilhões de dólares anuais em bens e serviços ecológicos. Hoje, há quem considere esse valor exagerado. Mas estimativas recentes parecem indicar que Constanza talvez não estivesse errado.

“O custo da perda da biodiversidade está avaliado entre 2,5 e 4,5 trilhões de dólares anuais, o equivalente ao PIB do Japão”, afirmou o CEO da Philips no Brasil, Marcos Bicudo, durante a abertura do Fórum. Os dados são do projeto “A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade”, ou relatório TEEB, como vem sendo chamado pela sua sigla em inglês (veja aqui a versão em português) o estudo conduzido pelo economista indiano Pavan Sukhdev, que afirmou: “se continuarmos no atual ritmo de destruição, o prejuízo será equivalente a 7% do PIB mundial em 2050”. Segundo Bicudo, o impacto econômico da biodiversidade precisa ser inserida na contabilidade das empresas, tanto na sua forma positiva como negativa.



Quer pagar quanto?
Por mais que a noção de valor esteja clara, quantificá-la e transformá-la em moeda não é fácil. “Em muitos países, como no Caribe, existe a cultura de que é impossível precificar algo inestimável como a vida, o que torna difícil adotar uma posição única”, explica a secretária nacional de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Maria Cecília Wey de Brito. Ela defende, no entanto, que a noção de valor, na forma objetiva de preço ou não, é importante para criar marcos regulatórios que possibilitem, por exemplo, as empresas negociarem entre si e com os seus fornecedores questões relacionadas com a biodiversidade em iguais condições de tratamento.

Em sua participação no debate, o chefe do Departamento de Políticas e Estudos Ambientais do BNDES, Márcio Macedo da Costa (na foto, ao centro) defendeu uma simplificação dessa contabilidade e a associação da biodiversidade com insumos, como a água, para que ela possa entrar nas planilhas das empresas. “Foi o que aconteceu com o mercado de carbono. Ele evoluiu porque conseguimos atribuir uma unidade sobre a tonelada de CO2 equivalente, que é negociada internacionalmente por todos os países, mas ainda não conseguimos fazer isso com a biodiversidade”, afirma. Segundo um relatório do Banco Mundial publicado em maio, o mercado de carbono movimentou 144 bilhões de dólares em 2009, um crescimento de 6% em relação a 2008.

Segundo o economista e professor da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo José Eli da Veiga, há uma dificuldade em estabelecer valor monetário para muitas “coisas” que não têm mercado, como ar limpo, por exemplo. “Há uma corrente na economia que considera os bens e serviços da Natureza públicos e gratuitos, que não têm valor ou preço, pois para isso é preciso haver oferta e demanda. É possível simular mercado e criar convenções, mas não isso tem base científica”, afirma.

A tendência, no entanto, é que essa realidade seja superada por outra que a própria perda de biodiversidade vem impondo. No interior de São Paulo, por exemplo, o desaparecimento de abelhas vem obrigando empresários do agronegócio a contratar trabalhadores para fazer a polinização das culturas de maracujá. Detalhe: a mão de obra contratada para fazer o serviço que deveria ser dos insetos já corresponde a um quinto do custo de produção — dispêndio concreto e objetivo que não existiria se as colmeias não estivessem sumindo.

“Temos, nós que trabalhamos em empresas, uma grande dificuldade em entender o que não cabe dentro do Excel, mas aos poucos estamos aprendendo a colocar mais coisas na planilha que se revelam um grande potencial”, disse o diretor de sustentabilidade da Natura, Marcos Vaz.

Reconhecer o valor e avaliar os custos monetários dos serviços ambientais no nosso dia a dia — nos negócios, no trabalho, na saúde e no bem-estar — são meios, portanto, de chamar a atenção para a importância da biodiversidade e de seu papel na manutenção da capacidade da Terra de sustentar gerações futuras. Como lembrou o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, “cada vez mais, o valor não está apenas naquilo que é tangível, mas também no que é intangível, seja no interesse do consumidor, na criatividade do executivo e nos serviços ecológicos, que são fundamentais”.


Custo e benefício:

- Os insetos que transportam o pólen entre as culturas têm seu valor estimado em mais de US$ 200 BILHÕES por ano na economia global de alimentos.

- A pesca mundial emprega cerca de 200 milhões de pessoas, fornece cerca de 16% da proteína consumida no mundo e tem um valor estimado em US$ 82 BILHÕES.

- Os recifes de corais valem mais de US$ 18 MILHÕES por quilômetro quadrado ao ano para a gestão dos riscos naturais, até US$ 100 MILHÕES para o turismo, mais de US$ 5 MILHÕES em material genético e bioprospecção e até US$ 331 800 para a pesca.

Fonte: http://www.forumbiodiversidade.com.br/materias/biodiversidade-tem-preco.php

Proteger a biodiversidade exige visão integrada


Proteger a biodiversidade exige visão integrada

Todos os dias, nosso planeta é presenteado com o surgimento de espécies animais e vegetais. Ao mesmo tempo, outros seres desaparecem, em um processo ininterrupto que seleciona apenas os mais bem adaptados. Sempre foi assim, desde os tempos mais remotos. Esse é o ciclo natural da evolução. O problema é que o ritmo de extinções anda acelerado demais, pelo menos 100 vezes superior à velocidade normal. Os cientistas até arriscam uma estimativa — a cada 20 ou 25 minutos, uma espécie some da face da Terra.

O Brasil coleciona casos de sucesso na luta pela preservação e recuperação de algumas espécies, como a tartaruga marinha, o peixe-boi e a baleia jubarte, os mais conhecidos no país. No entanto, com a constatação de que a perda da biodiversidade não conseguiu ser estancada nos últimos anos, os participantes do “I Forum Biodiversidade e a Nova Economia” defenderam estratégias mais amplas e integradas para preservar de fato as espécies do planeta como um todo. Segundo a terceira edição do Panorama da Biodiversidade Global, 42% das populações de anfíbios e 40% das de aves, entre outras, estão ameaçadas, ou seja, em declínio.

“Nada contra a tartaruga ou o urso polar, mas as espécies símbolos, que atraem a atenção da mídia e de recursos para a sua preservação, representam apenas 1% da biodiversidade. Os outros 99% são de vidas não tão atrativas ou carismáticas ou nem mesmo conhecidas”, afirmou o professor de Ecologia da Unicamp e presidente da Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação, Thomas Lewinsohn.



Foco nas paisagens

Durante o debate que discutiu a valoração da biodiversidade, o professor (na foto acima) comentou a dificuldade de se lançar uma campanha em defesa de um “rola-bosta”, como exemplo. Esse besouro curioso de 1,5 centímetro, que vem tendo suas populações reduzidas, se alimenta das fezes frescas dos bovinos, fazendo pequenas bolinhas de esterco que são enterradas com seus ovos, para servir de alimento para as larvas ao nascer. Com isso, além de promover a adubação orgânica e a aeração do solo, o rola-bosta também ajuda a controlar a principal praga do gado: a mosca-dos-chifres, ao interromper o seu ciclo de vida. Muitos dos ovos dessa mosca que são depositados nas fezes são comidos pelo besouro ou não se desenvolvem enterrados, o que ajuda a reduzir em até 40% a infestação.

Assim como o besouro, há inúmeras outras espécies que passam muitas vezes despercebidas, mas têm grande função para o equilíbrio do ambiente. Segundo o professor Lewinsohn, é preciso que as ações de proteção em suas mais diferentes áreas sejam focadas nos ecossistemas e não em espécies específicas, de forma a atingir a biodiversidade como um todo e suas inter-relações. “O melhor é agir sobre paisagens inteiras, de preferência integrando lugares mais cênicos, de maior interesse, com regiões periféricas. É preciso cuidar da biodiversidade inclusive em locais profundamente modificados, como as áreas agrícolas”, defende o pesquisador.

Essa opinião foi compartilhada pelo superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti. “A biodiversidade não é só espécies, mas também ecossistemas, e não apenas florestas. Para ressaltar a importância do cerrado hoje para as pessoas, temos que mostrar que metade dele é floresta”, diz o ambientalista.

Em seu trabalho como fotógrafo da revista National Geographic, o americano Joel Sartore se especializou em animais em extinção, muitos dos quais ele raramente terá a chance de registrar novamente. Um dos seus objetivos é sensibilizar as pessoas para aquelas espécies “desinteressantes”, como os mariscos, por meio dos retratos. “Eles nem tem olhos, não sorriem, mas ajudam a limpar a água. E eu bebo água todos os dias. No entanto, eles têm enfrentado problemas por causa da poluição e somos nós que causamos isso”, afirmou.

“Há um valor espiritual em preservar a biodiversidade, mas também há questões de ordem muito prática”, diz Antônio Solé, diretor do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “A natureza nos presta serviços que ainda nem imaginamos. Sem perceber, a humanidade pode estar com¬prometendo para sempre seu modo de vida.”


O QUE É POSSÍVEL FAZER
- Criar unidades de conservação, como reservas ecológicas e parques naturais;
- Criar e fazer cumprir as leis que proíbam a extração, caça e pesca predatórias, como a que acontece no período de reprodução dos peixes;
- Controlar as espécies exóticas invasoras, fiscalizando o tráfico de animais;
- Promover a educação ambiental e o ecoturismo;
- Promover melhores práticas na agricultura, no manejo florestal e na pesca.

Como indivíduo, o consumo consciente é uma boa maneira de conservar a diversidade das espécies.
- Informe-se sobre as empresas que não prejudiquem o meio ambiente em suas atividades;
- Economize água e energia;
- Não jogue lixo na rua, nos rios ou nas praias;
- Recicle sempre que possível.

Fonte: http://www.forumbiodiversidade.com.br/materias/proteger-a-biodiversidade-exige-visao-integrada.php

Recursos genéticos: como distribuir essa riqueza?


Recursos genéticos: como distribuir essa riqueza?

Líder mundial em biodiversidade, dono de 20% de todas as formas de vida do planeta, o Brasil tem essa riqueza representada também no seu patrimônio genético, composto por plantas, animais e micro-organismos, cujos extratos, princípios ativos e moléculas biológicas são pesquisados e explorados para a criação ou aperfeiçoamento de diversos produtos – de vacinas a cremes para o cabelo – muitas vezes com o conhecimento ou técnicas de comunidades tradicionais como as indígenas. Quando uma empresa lucra com isso, portanto, cabe a ela repartir parte dos seus ganhos pelo uso desse material e conhecimento? Essa é uma questão que aquece os debates entre governos, empresas e cidadãos e deve ser a discussão central na COP 10: como os benefícios obtidos por esses recursos genéticos oferecidos pela natureza podem ser compartilhados de maneira justa e igualitária?

No Fórum de Biodiversidade e Economia, a secretária da Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Maria Cecília Wey de Brito, enfatizou que a Repartição dos Benefícios Derivados do Acesso aos Recursos Genéticos (ABS, em inglês), por mais complexo que seja para o entendimento de empresas e cidadãos, é uma das principais questões a serem abordadas na COP 10, em Nagoya, e crucial para que o país consiga cumprir as metas que devem ser estabelecidas para a preservação da biodiversidade na próxima década.

Nos últimos anos, esse sistema de normas, que foi definido em 1992 durante a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e ratificado por mais de 190 países, vem colocando em oposição dois blocos: de um lado os países em desenvolvimento, ricos em biodiversidade, e do outro, os países desenvolvidos, que querem acessá-la, detentores das tecnologias para isso. Cada país deveria estabelecer a sua legislação para implantar o sistema, mas na prática, atualmente cerca de 40 adotaram os princípios do ABS. Com isso, o acesso muitas vezes é feito sem controle, com empresas patenteando e comercializando os recursos genéticos em países onde isso não é respeitado.

O objetivo da Convenção é criar um regime internacional, com regras que valham para todos, que obriguem estrangeiros a cumprir as leis nacionais de ABS dos países de origem dos recursos genéticos e a repartir os benefícios obtidos a partir deles. “A riqueza da biodiversidade é local, não pode ser transferida para outro lugar. Costumo dizer que a repartição de benefícios não deixa de ser um pagamento por serviços ambientais”, afirmou Maria Cecília.

Além do recurso genético em si, o conhecimento e técnicas para o seu uso, como é o caso de muitas comunidades tradicionais no Brasil em relação às plantas medicinais, também deve ser considerado na repartição de benefícios. O conflito surge justamente ao se definir o quanto desse conhecimento foi usado ou qual a sua influência no processo até o registro da patente, para que se pague por ele.



Questão de ética e valor
Um exemplo prático dessa repartição foi mencionado durante o Fórum, na experiência da Natura com sua linha de produtos. “Poderíamos comprar a castanha-do-pará de qualquer intermediário, mas escolhemos trazer diretamente de uma comunidade tradicional do Amapá. Com isso, eles têm trabalho e renda e colaboram para preservar a região. Aplicamos essa matéria-prima em diversos produtos, vendemos para todo o mundo, temos resultado econômico com isso e revertemos parte dos ganhos para a comunidade. Fazemos isso porque achamos ético, correto, e porque isso também cria valor econômico para a empresa”, contou o diretor de sustentabilidade Marcos Vaz (na foto).

Para o superintende de conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, a repartição de benefícios é uma forma de compensar as comunidades tradicionais que dependem dos recursos da biodiversidade para viver, para que sejam estimuladas a conservá-los.

Para entender melhor
O Ministério do Meio Ambiente define o acesso a recursos genéticos como as atividades realizadas sobre o patrimônio genético com o objetivo de isolar, identificar ou utilizar informação de origem genética ou moléculas e substâncias provenientes do metabolismo dos seres vivos e de extratos obtidos destes organismos, para fins de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico ou bioprospecção, visando a sua aplicação industrial ou de outra natureza.

Portanto, se uma empresa exporta um fruto da Amazônia ou sua polpa para consumo, o regime de ABS não se aplica. Mas se a importadora ou qualquer outra empresa extrair um princípio ativo, DNA ou substância desse fruto que seja empregado no desenvolvimento de um novo fármaco ou mesmo no cruzamento genético para aperfeiçoar outro produto, como as sementes, por exemplo, fica caracterizado o acesso ao recurso genético, exigindo o cumprimento das normas de repartição de benefícios.

No Brasil, a legislação sobre o ABS foi criada por medida provisória (MP nº 2.186-16), em abril de 2002, gerando críticas de Ong’s e ambientalistas, que viram o tema ser editado às pressas, com fragilidades na lei que dificultam a aplicação de alguns instrumentos. A MP criou também o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), um órgão colegiado, integrado por outros oito ministérios, além do MMA, e outras dez entidades federais. Sua função principal é autorizar e editar atos normativos complementares em matéria de ABS.

Fonte: http://www.forumbiodiversidade.com.br/materias/recursos-geneticos-como-distribuir-essa-riqueza.php

O que são serviços ambientais e como influem na minha vida?


O que são serviços ambientais e como influem na minha vida?

A BIODIVERSIDADE não só permite a nossa existência como nos beneficia com seus produtos e “serviços ecossistêmicos”, ou “serviços ambientais”. Os ecossistemas contribuem, por exemplo, para regular o clima por meio do armazenamento de carbono e do controle da quantidade de chuvas locais. A decomposição de matéria orgânica por micro-organismos e a fotossíntese de plantas e algas, que libera oxigênio na atmosfera, são outros exemplos.

A biodiversidade também é fonte de descoberta de medicamentos, alimentos e substâncias úteis a novas tecnologias. O óleo do buriti, por exemplo, pode ser usado para fabricar lâmpadas do tipo LED, mais econômicas e eficazes que as incandescentes comuns.

Cerca de 80% das pessoas nos países em desenvolvimento dependem de remédios tradicionais, a maioria derivada de plantas. O veneno da jararaca foi fundamental para o desenvolvimento de remédios para pressão alta.

A degradação ambiental também é apontada como culpada de um quarto das mortes ou invalidez por doença infecciosa no mundo.

Fonte: http://www.forumbiodiversidade.com.br/materias/o-que-sao-servicos-ambientais-e-como-influem-na-minha-vida.php

O que fazem 193 países em Nagoya?

O que fazem 193 países em Nagoya?

Share Matthew Shirts, de Nagoya/Japão*

Quem entrasse pela primeira vez em uma das reuniões oficiais do Congresso da ONU em prol da biodiversidade, a COP-10 em Nagoya, no Japão, poderia desconfiar da sanidade das centenas de pessoas presentes. Nesta fase das negociações, ao menos, elas tendem a ser mais para jovens, bonitas e seguras de si. Falam ao microfone em inglês, sentadas, de trás de uma placa com apenas o nome do seu país. Lançam mão de tantos acrônimos e termos técnicos que é como se comunicassem em um idoma próprio, no entanto. É impossível a compreensão, para quem não é profissional de negociação de biodiversidade, por melhor que seja seu inglês. Vá por mim.

O que fazem ali é a redação de textos a milhares de mãos, com gente do mundo todo. Ontem, por exemplo, a representante do Brasil solicitou a mudança de uma única palavra em três ou quatro parágrafos do protocolo na área de biosegurança. Depois, tais emendas terão que ser aprovadas por todas as “partes”— daí COP, Conferência das Partes. É um processo que deixaria qualquer escritor doidinho da Silva.

Os participantes redigem normas e metas em diferentes áreas, como biosegurança, pesca, preservaçao de florestas e outras, que depois precisam ser ratificadas pelas autoridades de cada país. Os Estados Unidos participam apenas como observadores, por exemplo, porque não aprovaram o documento original de 1992. Parou no Senado, em mais um exemplo do excepcionalismo americano.

Nenhuma das metas estabelecidas dez anos atrás foi cumprida.( Até que o Brasil foi bem, sobretudo no estabelecimento de áreas de conservação). O que pode levar à pergunta: vale a pena todo esse esforço coletivo?

Bem, é o único fórum internacional de governos que temos. E é assim que os diplomatas elaboram acordos multilaterais.

Eu acredito que vale a pena, sim.



*Matthew Shirts é redator-chefe da revista National Geographic Brasil e coordenador do Planeta Sustentável e está em Nagoya, no Japão, acompanhando as negociações da COP10 - Conferência Internacional da Convenção sobre Diversidade Biológica.

http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/redacao/fazem-193-paises-nagoya-271185_post.shtml
Fonte:

O desafio da próxima década


O desafio da próxima década

Uma das principais metas que devem ser debatidas em Nagoya pelos 193 países participantes da COP 10 será a de sustar a perda de biodiversidade até 2020, por meio de um plano estratégico que deve ser proposto principalmente por países europeus, como prevêem alguns especialistas, e que antecipou o debate no Fórum ao longo de todo o dia: estamos preparados para cumpri-lo?

“Como conservacionista eu acho ótimo, mas é viável? Isso é fácil para eles [os europeus], que já perderam boa parte da sua biodiversidade”, afirmou o diretor de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias. Esse ressaltou que a redução das pressões que ameaçam a biodiversidade não passa apenas pela área ambiental, mas devem envolver acordos em vários outros setores, como o energético, de transporte, agrícola, de petróleo.

De fato, o mundo todo terá de se envolver mais do que já fez para conseguir cumprir as metas que o plano anterior, cujo prazo se encerra neste ano, deixou pelo caminho. Em 2002, os países comprometeram-se a chegar a 2010 com taxa zero de perda da biodiversidade. O resultado, aferido no recém-publicado Panorama da Biodiversidade Global 3, foi o fiasco total. Segundo a secretária nacional de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Maria Cecília Wey de Brito, os poucos resultados envolveram a redução dos índices de poluição e a criação de áreas de conservação. Neste quesito, o Brasil fez bonito, atingindo 75% da meta mundial. “É uma posição privilegiada do país que vamos levar para Nagoya”, afirmou, no início da sua palestra. Todo o resto, no entanto, fracassou.

O desafio, claro, não é pouco. Como afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki- Moon, no Panorama da Biodiversidade Global 3, as principais pressões que levam à perda de biodiversidade não são apenas constantes, mas estão, em alguns casos, se intensificando. “As tendências atuais estão nos pondo cada vez mais perto de uma série de potenciais pontos de ruptura, o que reduziria de maneira catastrófica a capacidade dos ecossistemas de prestar serviços essenciais.”

“O tema ainda não está nas agendas política e econômica brasileiras. Para que as metas para 2020 sejam alcançáveis, há discussões complexas que ainda precisam ser feitas, como a repartição dos benefícios dos recursos genéticos. Entendemos que é preciso legislação para esse e outros temas, mas ainda não há uma convergência entre os poderes Executivo e Legislativo”, afirmou Maria Cecília.

Primeiros passos
Para o economista e professor da Faculdade de Economia da USP José Eli da Veiga, cabe à iniciativa privada impulsionar esse movimento. “As empresas se adaptam mais rápido, principalmente se pressionadas pelos consumidores, do que governos e legisladores. Um bom exemplo é o que vem acontecendo com as usinas de álcool e açúcar. Muitas já perceberam que não dá para exportar sem a certificação da cana de açúcar, o que exige o cumprimento de uma série de regras. A conseqüência disso é que em cerca de 200 municípios paulistas a cobertura da Mata Atlântica está se recuperando”, afirmou.

Para o chefe do Departamento de Políticas e Estudos Ambientais do BNDES, Márcio Macedo da Costa, as empresas podem colaborar nesse processo atuando em várias frentes: com investimentos em melhorias na eficiência da cadeia produtiva, para reduzir impactos e desperdício; no apoio a Unidades de Conservação, que precisam de recursos para se estruturar; em projetos de recuperação de áreas e reflorestamento; no estímulo à inovação tecnológica e no incentivo econômico de espécies florestais e não-florestais da nossa biodiversidade.

Para o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, o Brasil deve ser audacioso no objetivo de interromper esse extermínio, como forma de garantir a sua liderança estratégica e econômica no futuro. Para isso, será preciso que se adote uma visão do que ele chamou de “gestão de paisagem”, ou seja, que envolva toda uma região, de forma integrada. “Temos de ter paisagens sustentáveis, que respeite a lógica das comunidades tradicionais locais, com proteção dos cultivares e a conservação adequado dos recursos naturais.” E questionou: “Será que seremos burros o suficiente para jogar fora a nossa mina de ouro?”.


VEJA AS PRINCIPAIS PRESSÕES ATUAIS SOBRE A BIODIVERSIDADE

DEGRADAÇÃO DE HÁBITATS. Desmatamentos e aterramentos, assim como abertura de pastos e de estradas reduzem, fragmentam ou alteram os habitats a ponto de as populações de espécies locais não conseguirem mais se manter. Boa parte hoje das terras silvestres estão sendo convertidas para a agricultura, que já representa 30% da superfície da Terra.

SOBRE-EXPLOTAÇÃO. É a exploração excessiva dos recursos da biodiversidade. A extração abusiva de madeira nativa no país ameaça árvores como o jacarandá. Várias espécies de peixes, como o atum, também estão desaparecendo em função da pesca sem limites, que muitas vezes não respeita nem o período de procriação.

POLUIÇÃO. Poluição do ar, da água e da terra prejudicam os ecossistemas de várias formas. Exemplo clássico é o rio Tietê no trecho da região metropolitana de São Paulo. A matéria orgânica despejada com o esgoto não tratado é consumida por bactérias, que, no processo, consomem o oxigênio da água, matando os outros organismos vivos. Isso sem falar da contaminação por matéria inorgânica - como metais, cianeto e fluoreto.

ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS. São aquelas introduzidas, intencionalmente ou não, em hábitats não originais. Adaptam-se bem a eles e acabam ameaçando as espécies nativas, ao se alimentar delas ou disputar recursos. Essa questão afeta muito as pequenas ilhas. Em Fernando de Noronha, o lagarto teju, introduzido para combater os ratos (também exóticos à ilha), come a mabuia, uma lagartixa endêmica do arquipélago, e os ovos das aves.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS. As pesquisas ainda não identificaram todas as suas consequências, mas já se sabe que pequenas alterações no clima podem afetar bastante a vida dos organismos. Um exemplo são as espécies de grandes altitudes, endêmicas e adaptadas ao clima frio, que sofrem com a elevação das temperaturas. Mares mais quentes podem forçar os peixes a migrarem, empobrecendo as águas tropicais.

Fonte: http://www.forumbiodiversidade.com.br/materias/o-desafio-da-proxima-decada.php

Earth's Core

Earth System Science

The Early Earth and Plate Tectonics

Earth the Biography: Oceans

World Without Humans

6 Degrees Warmer: Mass Extinction?

Global Warming 101

Ativos Ambientais Brasileiros - FIESP (English)

Ativos Ambientais Brasileiros - FIESP

Seminário Emissões Atmosféricas - Senac São Paulo

Meio Ambiente - Senac São Paulo

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