V I S I T A N T E S

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Lula emite mais CO2 que presidente da China e da França

Poluição

Presidente brasileiro só ficou atrás de Barack Obama e de Felipe Calderón

Em 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou 220.000 quilômetros de avião, o equivalente a cinco voltas e meia ao redor da Terra. As viagens aéreas do presidente também deixaram um rastro de 7.033 toneladas de gás carbônico (CO2), o que o colocou como o terceiro maior poluidor entre os chefes de estado do planeta, segundo a revista francesa Terra Eco. A revista fez um levantamento que incluía a distância percorrida e o tipo de avião usado pelos mandatários para calcular quanto cada um poluiu este ano.

O primeiro lugar ficou com o americano Barack Obama, com 20.000 toneladas de CO2. Obama viajou 200.000 quilômetros, menos que Lula, mas utilizou o Air Force One, que polui muito mais que os aviões usados pelo brasileiro, como o Embraer 190. O segundo lugar, o mexicano Felipe Calderón, ganhou de Lula por pouco, menos de 100 toneladas. Calderón viajou bastante para participar da campanha dos governadores de seu partido em 12 estados. Lula não deixou por menos: a revista estima que 60% das emissões do presidente foram geradas durante a campanha para eleger Dilma Roussef.

Confira abaixo o ranking completo:

Fonte: Revista VEJA

Professor comenta sobre os efeitos das queimadas nas florestas

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1379464-7823-PROFESSOR+COMENTA+SOBRE+OS+EFIETOS+DAS+QUEIMADAS+NAS+FLORESTAS,00.html

Quinta-feira, 25/11/2010

Vento deposita cinzas com nutrientes em outras regiões. João Carlos Rodrigues Coelho é professor de cursinho em São Paulo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mudanças climáticas

Fiesp se posiciona sobre as discussões da COP16

Comitê de Mudança do Clima da entidade debateu nesta 3ª feira os rumos da competitividade da indústria paulista frente às mudanças do climaÀs vésperas da 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP16), que se realizará a partir de 29 de novembro em Cancun, no México, a Fiesp reuniu, nesta terça-feira (16), autoridades, especialistas, empresários e governo para discutir o assunto. Na oportunidade, foram divulgados:

O Posicionamento da entidade para a COP16

O Guia de Introdução às Negociações de Mudança do Clima.

“Este encontro de hoje, na Fiesp, tem como objetivo uma reflexão sobre a mudança do clima. Este tema ocupa espaço cada vez maior nas discussões internacionais e nacionais sobre os rumos do desenvolvimento econômico e social”, disse o segundo vice-presidente e coordenador do Comitê de Mudança do Clima da entidade, João Guilherme Sabino Ometto.Ele destacou o protagonismo do setor privado e a necessidade de seu engajamento: “É com esse compromisso que a Fiesp, representante do maior parque industrial brasileiro, acompanha atentamente a questão desde meados de 2009 e participou da COP15, em Copenhague”.Por envolver diferentes aspectos em sua discussão, na Fiesp, o tema é debatido pelos Departamentos de Competitividade e Tecnologia, Meio Ambiente, Energia, Relações Internacionais e Comércio Exterior e Agronegócio. Juntas, essas áreas compõem o Comitê de Mudanças do Clima. “A dedicação a esse tema reflete a preocupação da nossa entidade com tais questões e seus impactos na indústria paulista e brasileira. A entidade trabalha para que não se estabeleçam retaliações ou restrições aos nossos produtos no mercado internacional”, salientou Ometto.Baixo carbonoEle disse ainda que o País já está em uma economia de baixo carbono, viabilizada por diferenciais expressivos, como a matriz elétrica renovável, o programa de biocombustíveis, os motores flexfuel, redução sistemática das emissões de carbono pelo setor industrial e progressos significativos na diminuição do desmatamento, particularmente na Amazônia.“Cabe ressaltar que os processos industriais respondem apenas por 3% das emissões brasileiras, segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia. Mesmo assim, a indústria preocupa-se com a melhoria do desempenho dos outros setores, no intuito de defender a competitividade do produto brasileiro”, pontuou.

Confira aqui as apresentações realizadas durante o seminário Lucas Alves, Agência Indusnet Fiesp

LEIA MAIS
Governo brasileiro está otimista sobre possível Pacote de Cancun
Medidas para combater mudança do clima não podem ser protecionistas
Mudança do clima está atrelada à produção de energia nos países desenvolvidos

Fonte: FIESP

Planeta passa longe de meta climática para limitar aquecimento global a 2ºC

Editoria de Arte /Folhapress/Editoria de Arte /Folhapress

Planeta passa longe de meta climática para limitar aquecimento global a 2ºC
CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

Se tudo der certo e todos os países fizerem o máximo para conter emissões de carbono nos próximos anos, o mundo ainda estará longe de cumprir a meta de limitar o aquecimento global a 2ºC.

O quão longe acaba de ser calculado por um grupo internacional de cientistas: 5 bilhões de toneladas de gás carbônico estarão "sobrando" na atmosfera em 2020.

Ou seja, para cumprir o que se comprometeram a fazer na conferência do clima de Copenhague e evitar um possível aquecimento descontrolado da Terra, os países não apenas teriam de endurecer suas metas de corte de emissão como ainda precisariam desligar todo o sistema de transporte do globo.

O recado foi dado hoje pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), num relatório intitulado "The Emissions Gap" ("A Lacuna das Emissões").

O documento será entregue em Helsinque à chefe da Convenção do Clima da ONU, Cristiana Figueres.

Seus autores passaram seis meses avaliando 223 cenários de emissões de CO2 construídos a partir das metas voluntárias de corte de carbono propostas por vários países no Acordo de Copenhague, o pífio documento que resultou da conferência.

O resumo da ópera é que, se a humanidade quiser ter 66% de chance de manter o aquecimento global abaixo de 2ºC no fim deste século, o nível global de emissões em 2020 terá de ser de 44 bilhões de toneladas de CO2 equivalente --ou seja, a soma de todos os gases-estufa "convertidos" no potencial de aquecimento do CO2.

Se nada for feito, as emissões podem chegar a 56 bilhões de toneladas em 2020. "Isso elimina a chance dos 2ºC, e pode nos colocar no caminho de 5ºC de aquecimento em 2100", disse à Folha Suzana Kahn Ribeiro, pesquisadora da Coppe-UFRJ, uma das autoras do relatório.

SEM SOLUÇÃO

A implementação estrita do acordo também não resolve: as emissões globais cairiam para 52 bilhões de toneladas, ainda uma China de distância da meta de 2ºC.

Por "implementação estrita" os pesquisadores querem dizer duas coisas. Primeiro, as nações estão contando duas vezes emissões cortadas na área florestal. Se um país pobre planta florestas para vender créditos de carbono a um país rico, a dedução deveria estar apenas na conta do país rico. Mas costuma estar na de ambos.

"Na própria lei brasileira do clima está escrito que as reduções de emissão podem ser obtidas por MDL [venda de créditos de carbono para nações ricas]", diz Ribeiro.

Outro ponto espinhoso é a venda de créditos em excesso por países como a Rússia, cujas emissões já são menores que as metas de Quioto. O país ficou com créditos sobrando.
Fonte: Jornal A Folha de SP de 23.11.2010

sábado, 20 de novembro de 2010

Aumenta a concentração de fuligem na Amazônia


Alberto Cesar Araújo/Greenpeace

mais partículas poluentes
Aumenta a concentração de fuligem na Amazônia
De acordo com o Inpe, a quantidade de fuligem emitida no ar durante as queimadas da Amazônia aumentou significativamente nos últimos dois anos e é altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde das pessoas
Mônica Nunes/Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável - 10/11/2010

A equipe de Qualidade do Ar do CPTEC/Inpe – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgou nesta quarta-feira, dia 10 de novembro, dados um tanto quanto preocupantes com relação à Amazônia: a concentração de fuligem – partículas pretas emitidas no ar durante as queimadas e conhecidas como “aerossóis” pelos especialistas – aumentou significativamente nos anos de 2008 e 2009.

De acordo com os pesquisadores, há dois anos a quantidade de fuligem na Amazônia era inferior a 0,1 AOD – Espessura Ótica do Aerossol. Hoje, no entanto, os sensores do Instituto chegaram a registrar picos acima de 1 AOD durante as queimadas na região, que são mais intensas nos meses de agosto e setembro.

A alta concentração de fuligem na Amazônia pode comprometer seriamente o clima da região nas áreas onde há ocorrência de queimadas e, também, em outras localidades. Isso porque, segundo estudos recentes e preliminares sobre o assunto, essas partículas poluentes afetam o regime de chuvas da área e, consequentemente, intensificam as secas amazônicas. Além disso, as partículas são facilmente espalhadas pela ação do vento, prejudicando outras regiões do país.

A fuligem ainda representa um sério risco para a saúde das pessoas que vivem em locais onde a concentração da substância é considerada acima do normal. Segundo especialistas da área de saúde pública, inalar essas partículas poluentes, de forma constante e em grande quantidade, pode aumentar significativamente o risco de doenças respiratórias.

*CPTEC/Inpe


mais partículas poluentes
Aumenta a concentração de fuligem na Amazônia
De acordo com o Inpe, a quantidade de fuligem emitida no ar durante as queimadas da Amazônia aumentou significativamente nos últimos dois anos e é altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde das pessoas
- A A +Mônica Nunes/Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável - 10/11/2010
A equipe de Qualidade do Ar do CPTEC/Inpe – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgou nesta quarta-feira, dia 10 de novembro, dados um tanto quanto preocupantes com relação à Amazônia: a concentração de fuligem – partículas pretas emitidas no ar durante as queimadas e conhecidas como “aerossóis” pelos especialistas – aumentou significativamente nos anos de 2008 e 2009.

De acordo com os pesquisadores, há dois anos a quantidade de fuligem na Amazônia era inferior a 0,1 AOD – Espessura Ótica do Aerossol. Hoje, no entanto, os sensores do Instituto chegaram a registrar picos acima de 1 AOD durante as queimadas na região, que são mais intensas nos meses de agosto e setembro.

A alta concentração de fuligem na Amazônia pode comprometer seriamente o clima da região nas áreas onde há ocorrência de queimadas e, também, em outras localidades. Isso porque, segundo estudos recentes e preliminares sobre o assunto, essas partículas poluentes afetam o regime de chuvas da área e, consequentemente, intensificam as secas amazônicas. Além disso, as partículas são facilmente espalhadas pela ação do vento, prejudicando outras regiões do país.

A fuligem ainda representa um sério risco para a saúde das pessoas que vivem em locais onde a concentração da substância é considerada acima do normal. Segundo especialistas da área de saúde pública, inalar essas partículas poluentes, de forma constante e em grande quantidade, pode aumentar significativamente o risco de doenças respiratórias.

*CPTEC/Inpe

Share6 A equipe de Qualidade do Ar do CPTEC/Inpe – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgou nesta quarta-feira, dia 10 de novembro, dados um tanto quanto preocupantes com relação à Amazônia: a concentração de fuligem – partículas pretas emitidas no ar durante as queimadas e conhecidas como “aerossóis” pelos especialistas – aumentou significativamente nos anos de 2008 e 2009.

De acordo com os pesquisadores, há dois anos a quantidade de fuligem na Amazônia era inferior a 0,1 AOD – Espessura Ótica do Aerossol. Hoje, no entanto, os sensores do Instituto chegaram a registrar picos acima de 1 AOD durante as queimadas na região, que são mais intensas nos meses de agosto e setembro.

A alta concentração de fuligem na Amazônia pode comprometer seriamente o clima da região nas áreas onde há ocorrência de queimadas e, também, em outras localidades. Isso porque, segundo estudos recentes e preliminares sobre o assunto, essas partículas poluentes afetam o regime de chuvas da área e, consequentemente, intensificam as secas amazônicas. Além disso, as partículas são facilmente espalhadas pela ação do vento, prejudicando outras regiões do país.

A fuligem ainda representa um sério risco para a saúde das pessoas que vivem em locais onde a concentração da substância é considerada acima do normal. Segundo especialistas da área de saúde pública, inalar essas partículas poluentes, de forma constante e em grande quantidade, pode aumentar significativamente o risco de doenças respiratórias.

Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/fuligem-aerossois-queimadas-amazonia-seca-inpe-608240.shtml

Deise Nishimura: apesar do jacaré, ela voltará à selva


Diego Morales/Medianvia

entrevista

Era meio-dia de 30 de dezembro de 2009 quando o maior predador da Amazônia, o jacaré-açú, atacou a bióloga paulista Deise Nishimura*, 25, que limpava peixe na varanda de sua casa flutuante no lago Mamirauá. Não morreu por pouco, mas perdeu a perna direita. Ainda assim, Deise não desistiu da ciência. Ela, que estudava o comportamento de botos-vermelhos, não vê a hora de voltar à pesquisa na selva
Willian Vieira
Revista Superinteressante – 11/2010

COMO VOCÊ FOI ATACADA POR UM JACARÉ DE 6 METROS?
Eu estava sentada limpando peixe para o almoço quando o vi saltar mais de 1 metro e morder minha perna direita. Fomos para o fundo do lago e ele começou a girar, girar, mas eu não sentia dor nenhuma, por causa da adrenalina. Nossa, dava para pensar em muita coisa, pois o tempo lá tem outra dimensão.

E COMO VOCÊ SOBREVIVEU?
Eu me lembrei de ter visto em um documentário que a parte mais sensível do tubarão é o nariz. Enfiei os dedos em dois buracos, que deviam ser os olhos, e apertei com toda força. Ele me largou - só não sei se por isso ou se porque já tinha levado o que queria, a minha perna. Nadei então uns 4 metros, subi a rampa da casa me arrastando e chamei ajuda pelo rádio. O pessoal da reserva veio, fez um torniquete e me levou ao hospital.

DEPOIS DO ATAQUE, COMO SUA VIDA MUDOU?
Eu ainda estou me recuperando, fazendo fisioterapia. Passei 16 dias no hospital. Coloquei uma prótese, mas ainda estamos fazendo a adaptação. Talvez tenha de fazer mais uma cirurgia. Então minha pesquisa parou por ali, porque preciso me dedicar à recuperação.

É MAIS ARRISCADO PARA UM BOTO OU PARA UMA PESSOA VIVER NAS MESMAS ÁGUAS QUE O JACARÉ-AÇU?
Embora eles dividam as mesmas águas, o boto é rápido demais para ser pego por um jacaré. A não ser que haja um incidente. O jacaré come peixes, tartarugas, às vezes aves. Mas é um animal oportunista: se vê uma oportunidade, ele ataca, se aproveita mesmo da situação. Se um boto estiver machucado, vai pegá-lo.

MAS VOCÊ É CONTRA A CAÇA DO ANIMAL?
Eu sou contra a caça indiscriminada do jacaré, mas sou a favor da caça manejada. Naquela região há jacarés demais. Caçar não é um risco tão grande para o ecossistema, mas o bicho é para a população ribeirinha.

VOCÊ PRETENDE VOLTAR PARA A SELVA? CONTINUAR A PESQUISA DE ONDE PAROU?
Eu não sei quando, mas quero voltar para lá o mais rápido possível. Sempre foi meu sonho estudar cetáceos [ordem de mamíferos a que pertencem os botos e as baleias]. Aí surgiu essa oportunidade na Amazônia e eu fui. Desde o momento que cheguei, me senti em casa. Acordava às 5h30, saía de barco e passava 7 horas fazendo avistagem. De volta em casa, trabalhava no computador com os dados que havia coletado. Eu nunca havia me sentido tão à vontade na cidade. A única coisa que me fez pensar em desistir foram os mosquitos. Era uma média de 15 picadas por dia. Mas me adaptei bem, pois eu gostava bastante da rotina. Então pretendo voltar assim que me recuperar totalmente.

NÃO PASSOU PELA SUA CABEÇA ESTUDAR JACARÉS?
Depois do que aconteceu, sim. Fiquei bastante interessada em estudar esses bichos tão fascinantes. Vamos ver.
*Deise Nishimura volta pela primeira vez à Amazônia em novembro como palestrante do TEDxAmazônia, evento para disseminar as melhores ideias. A SUPER apoia o TEDxAmazônia. Saiba mais no site.



entrevista
Deise Nishimura: apesar do jacaré, ela voltará à selva
Era meio-dia de 30 de dezembro de 2009 quando o maior predador da Amazônia, o jacaré-açú, atacou a bióloga paulista Deise Nishimura*, 25, que limpava peixe na varanda de sua casa flutuante no lago Mamirauá. Não morreu por pouco, mas perdeu a perna direita. Ainda assim, Deise não desistiu da ciência. Ela, que estudava o comportamento de botos-vermelhos, não vê a hora de voltar à pesquisa na selva
- A A +Willian Vieira
Revista Superinteressante – 11/2010
COMO VOCÊ FOI ATACADA POR UM JACARÉ DE 6 METROS?
Eu estava sentada limpando peixe para o almoço quando o vi saltar mais de 1 metro e morder minha perna direita. Fomos para o fundo do lago e ele começou a girar, girar, mas eu não sentia dor nenhuma, por causa da adrenalina. Nossa, dava para pensar em muita coisa, pois o tempo lá tem outra dimensão.

E COMO VOCÊ SOBREVIVEU?
Eu me lembrei de ter visto em um documentário que a parte mais sensível do tubarão é o nariz. Enfiei os dedos em dois buracos, que deviam ser os olhos, e apertei com toda força. Ele me largou - só não sei se por isso ou se porque já tinha levado o que queria, a minha perna. Nadei então uns 4 metros, subi a rampa da casa me arrastando e chamei ajuda pelo rádio. O pessoal da reserva veio, fez um torniquete e me levou ao hospital.

DEPOIS DO ATAQUE, COMO SUA VIDA MUDOU?
Eu ainda estou me recuperando, fazendo fisioterapia. Passei 16 dias no hospital. Coloquei uma prótese, mas ainda estamos fazendo a adaptação. Talvez tenha de fazer mais uma cirurgia. Então minha pesquisa parou por ali, porque preciso me dedicar à recuperação.

É MAIS ARRISCADO PARA UM BOTO OU PARA UMA PESSOA VIVER NAS MESMAS ÁGUAS QUE O JACARÉ-AÇU?
Embora eles dividam as mesmas águas, o boto é rápido demais para ser pego por um jacaré. A não ser que haja um incidente. O jacaré come peixes, tartarugas, às vezes aves. Mas é um animal oportunista: se vê uma oportunidade, ele ataca, se aproveita mesmo da situação. Se um boto estiver machucado, vai pegá-lo.

MAS VOCÊ É CONTRA A CAÇA DO ANIMAL?
Eu sou contra a caça indiscriminada do jacaré, mas sou a favor da caça manejada. Naquela região há jacarés demais. Caçar não é um risco tão grande para o ecossistema, mas o bicho é para a população ribeirinha.

VOCÊ PRETENDE VOLTAR PARA A SELVA? CONTINUAR A PESQUISA DE ONDE PAROU?
Eu não sei quando, mas quero voltar para lá o mais rápido possível. Sempre foi meu sonho estudar cetáceos [ordem de mamíferos a que pertencem os botos e as baleias]. Aí surgiu essa oportunidade na Amazônia e eu fui. Desde o momento que cheguei, me senti em casa. Acordava às 5h30, saía de barco e passava 7 horas fazendo avistagem. De volta em casa, trabalhava no computador com os dados que havia coletado. Eu nunca havia me sentido tão à vontade na cidade. A única coisa que me fez pensar em desistir foram os mosquitos. Era uma média de 15 picadas por dia. Mas me adaptei bem, pois eu gostava bastante da rotina. Então pretendo voltar assim que me recuperar totalmente.

NÃO PASSOU PELA SUA CABEÇA ESTUDAR JACARÉS?
Depois do que aconteceu, sim. Fiquei bastante interessada em estudar esses bichos tão fascinantes. Vamos ver.
*Deise Nishimura volta pela primeira vez à Amazônia em novembro como palestrante do TEDxAmazônia, evento para disseminar as melhores ideias. A SUPER apoia o TEDxAmazônia. Saiba mais no site.


Share26 COMO VOCÊ FOI ATACADA POR UM JACARÉ DE 6 METROS?
Eu estava sentada limpando peixe para o almoço quando o vi saltar mais de 1 metro e morder minha perna direita. Fomos para o fundo do lago e ele começou a girar, girar, mas eu não sentia dor nenhuma, por causa da adrenalina. Nossa, dava para pensar em muita coisa, pois o tempo lá tem outra dimensão.

E COMO VOCÊ SOBREVIVEU?
Eu me lembrei de ter visto em um documentário que a parte mais sensível do tubarão é o nariz. Enfiei os dedos em dois buracos, que deviam ser os olhos, e apertei com toda força. Ele me largou - só não sei se por isso ou se porque já tinha levado o que queria, a minha perna. Nadei então uns 4 metros, subi a rampa da casa me arrastando e chamei ajuda pelo rádio. O pessoal da reserva veio, fez um torniquete e me levou ao hospital.

DEPOIS DO ATAQUE, COMO SUA VIDA MUDOU?
Eu ainda estou me recuperando, fazendo fisioterapia. Passei 16 dias no hospital. Coloquei uma prótese, mas ainda estamos fazendo a adaptação. Talvez tenha de fazer mais uma cirurgia. Então minha pesquisa parou por ali, porque preciso me dedicar à recuperação.

É MAIS ARRISCADO PARA UM BOTO OU PARA UMA PESSOA VIVER NAS MESMAS ÁGUAS QUE O JACARÉ-AÇU?
Embora eles dividam as mesmas águas, o boto é rápido demais para ser pego por um jacaré. A não ser que haja um incidente. O jacaré come peixes, tartarugas, às vezes aves. Mas é um animal oportunista: se vê uma oportunidade, ele ataca, se aproveita mesmo da situação. Se um boto estiver machucado, vai pegá-lo.

MAS VOCÊ É CONTRA A CAÇA DO ANIMAL?
Eu sou contra a caça indiscriminada do jacaré, mas sou a favor da caça manejada. Naquela região há jacarés demais. Caçar não é um risco tão grande para o ecossistema, mas o bicho é para a população ribeirinha.

VOCÊ PRETENDE VOLTAR PARA A SELVA? CONTINUAR A PESQUISA DE ONDE PAROU?
Eu não sei quando, mas quero voltar para lá o mais rápido possível. Sempre foi meu sonho estudar cetáceos [ordem de mamíferos a que pertencem os botos e as baleias]. Aí surgiu essa oportunidade na Amazônia e eu fui. Desde o momento que cheguei, me senti em casa. Acordava às 5h30, saía de barco e passava 7 horas fazendo avistagem. De volta em casa, trabalhava no computador com os dados que havia coletado. Eu nunca havia me sentido tão à vontade na cidade. A única coisa que me fez pensar em desistir foram os mosquitos. Era uma média de 15 picadas por dia. Mas me adaptei bem, pois eu gostava bastante da rotina. Então pretendo voltar assim que me recuperar totalmente.

NÃO PASSOU PELA SUA CABEÇA ESTUDAR JACARÉS?
Depois do que aconteceu, sim. Fiquei bastante interessada em estudar esses bichos tão fascinantes. Vamos ver.
*Deise Nishimura volta pela primeira vez à Amazônia em novembro como palestrante do TEDxAmazônia, evento para disseminar as melhores ideias. A SUPER apoia o TEDxAmazônia

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/biologo-carreira-profissional-ciencia-entrevista-jacare-tedx-amazonia-608479.shtml

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Brasil precisa de 20 milhões de dólares por ano para reduzir emissões de gases

Aquecimento global

Brasil precisa de 20 milhões de dólares por ano para reduzir emissões de gases

O Brasil precisa investir anualmente US$ 20 bilhões até 2030 para se tornar uma economia de baixas emissões de gases causadores do efeito estufa, segundo um relatório do Banco Mundial (BM) divulgado nesta quarta-feira em São Paulo.

O Estudo de Baixo Carbono para o Brasil foi apresentado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) pelo Banco Mundial, que aponta o setor energético como o principal foco dos investimentos destinados a reduzir a emissão de gases.

As atividades do setor energético, de acordo com o relatório, demandam por ano investimentos que totalizam US$ 7 bilhões para mitigar as emissões de gás carbônico (CO2) para 11 milhões de toneladas anuais.

No entanto, a maior redução, de 356 milhões de toneladas anuais de CO2, deve proceder das atividades agrícolas e do combate ao desmatamento, que exigem investimentos de cerca de US$ 5,4 bilhões por ano.

Segundo a "Agência Brasil", o pesquisador do BM Cristhopher Gouvello descartou a tese de que se o Brasil se tornar uma economia de "baixo carbono" irá registrar desaceleração do ritmo de crescimento e de desenvolvimento. "A ideia de que tornar-se uma 'economia de baixo carbono' é um freio para a economia não é verdade. As atividades de baixo carbono são mais intensivas que as tradicionais", disse Gouvello.

(com Agência EFE)

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/brasil-precisa-de-20-milhoes-de-dolares-por-ano-para-reduzir-emissoes-de-gases