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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Aquecimento pode estar acelerando crescimento de florestas nos EUA, diz estudo


Árvore nos Estados Unidos (BBC)

Por mais de 20 anos, pesquisador monitorou crescimento de árvores.

As florestas no hemisfério norte estão crescendo a um ritmo mais rápido do que há 225 anos e o fenômeno pode estar ligado ao aquecimento global, diz um estudo realizado nos Estados Unidos.

Durante 22 anos, o ecologista Geoffrey Parker, do Centro de Pesquisa Ambiental do Instituto Smithsonian, em Maryland, acompanhou o crescimento no volume de árvores em 55 bolsões de florestas mistas e em diferentes estados de desenvolvimento.

Ele constatou que, em média, as florestas registravam um crescimento médio de duas toneladas adicionais por acre (0,4 hectare) anualmente, o equivalente ao volume de uma árvore nova de 0,5 metro de diâmetro nascendo a cada ano.

Usando técnicas que permitem a comparação de trechos de florestas do mesmo tipo em diferentes estágios de desenvolvimento, a pesquisa pode mapear o crescimento de árvores de idades de cinco a 225 anos.

Com isso, Parker e o co-autor do estudo, Sean McMahon, do Instituto de Pesquisas Tropicais do Smithsonian, puderam determinar que o crescimento acelerado é um fenômeno recente. Se as árvores todas tivessem crescido no ritmo desses últimos 22 anos, as florestas seriam bem maiores.

Parker e McMahon disseram que o principal responsável pelo fenômeno seriam efeitos ligados às mudanças climáticas, em particular, o aumento dos níveis de gás carbônico na atmosfera e ciclos mais longos de crescimento das plantas.

Nos últimos 22 anos, os níveis de gás carbônico na região subiram 12% e a estação de crescimento das árvores é agora quase oito dias mais longa. Com isso, as árvores têm hoje mais tempo e mais gás carbônico para "ganhar peso", como definem os cientistas.

Os especialistas disseram não saber ao certo as implicações que este aumento nas florestas poderia ter sobre o meio ambiente. Sabe-se que pequenas mudanças nos padrões de desenvolvimento das árvores podem ter consequências sobre ciclos de nutrientes, biodiversidade e clima.

As florestas e os seus solos armazenam a maior parte do estoque terrestre de gás carbônico. Por isso, a própria taxa de crescimento da floresta pode alterar os padrões do clima e do próprio processo de mudança climática.

Os pesquisadores americanos esperam que cientistas em outras partes do mundo também monitorem suas florestas para determinar quão difundido é o fenômeno.

Como os ecossistemas vão responder às mudanças climáticas é uma das maiores incertezas enfrentadas hoje nesta área pelos cientistas.

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